21 agosto, 2012

Deus, primeiro!

......
" Não, tu não me amas "...

É isso o que muitos de nós ouviríamos, se fôssemos indagados, como a Pedro, pelo conhecedor dos corações. 

–Mas, Senhor, eu sei que Te amo!
"Não, você não me ama! Não de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças".

Sempre há um dia de Jó na vida de todo cristão...
Somos combatidos diariamente pelos padrões pecaminosos do velho homem, por problemas pessoais, pelas tentações, pelo inimigo e pelo mundo. Não há como escapar ilesos da roda viva cotidiana que visa nos enredar e nos destruir. Somos novas criaturas, mas não estamos imunes às adversidades desta vida. Basta a aflição bater à nossa porta para nos conscientizarmos da nossa fragilidade. Os obstáculos são incontáveis, temos que investir uma força quase sobre humana para resistir. E Deus sabe que sofremos. 

Não conhecemos o que vai a fundo na vida de cada um, o que vemos é a superfície, apresentamos sempre o nosso melhor, mas Deus sabe das nossas angústias. Ele conhece a dor daqueles que sofrem com as consequências das suas escolhas, daqueles que lutam com o senso de inadequação, com a solidão, com casamentos desarmoniosos, com a criação de filhos difíceis, com enfermidades, com insucesso profissional, com contas demais para pagar e dinheiro de menos; e, Ele sabe que sucumbiríamos se Ele não nos deixasse o primeiro mandamento.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
Marcos 12:30

"Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento". (Marcos 12:20)
Ele sabia que teríamos limitações físicas, emocionais e espirituais; e que embora muitas coisas cooperem para a nossa felicidade temporal, nada satisfaria o anseio da nossa alma por descanso e paz. Ele sabia que se não tivéssemos um relacionamento que priorizasse a Sua pessoa, não teríamos forças para lutar e nos perderíamos. Somos fracos, somos pó, nosso velho homem nos martiriza, as pessoas ao nosso redor são imperfeitas, pecam contra nós, nossas responsabilidades exigem mais do que podemos oferecer, os relacionamentos são frágeis e muitos são usados pelo inimigo para nos abater. Quase não podemos lidar com todas as circunstâncias e conosco, sem pensar em desistir. De onde extrairemos forças?
"Tu me amas?"
Talvez dias piores ainda nos surpreendam. Os prazeres desta vida são efêmeros. Conforto, bem estar e situações que hoje nos satisfazem, e até nos distraem, fazendo parecer que tudo está espiritualmente bem, logo não mais nos saciarão. Chegará o tempo em que enfrentaremos alguns insucessos pessoais, falta de vigor físico, perda de entes queridos. Muitos veremos dias em que o cântaro se despedaçará junto à fonte, e qual será a razão do nosso contentamento?
"Amarás, pois, ao Senhor Teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças..."
"Tu me amas?"
Não, Senhor, eu não Te amo! Eu não tenho Te priorizado, não tenho gastado tempo a Teus pés, não tenho me deleitado em Ti. Tu não tens sido a principal das minhas afeições, Tu não dominas os meus pensamentos, os meus sentimentos, os meus desejos, a minha admiração. Situações e pessoas têm se avultado, tomado o Teu lugar e fisgado o meu coração.

Qual é a fonte da nossa felicidade?

Lembra-te do Teu Criador nos dias da Tua mocidade, nos dias da Tua  maturidade e por todos os teus dias, antes que a tristeza e a frustração se instalem dentro de ti e venhas a dizer insatisfeito: - Não tive, na minha vida, contentamento.

Ira Borges

09 agosto, 2012

O Evangelho Inclusivo

......
Volta e meia aparece uma nova terminologia e a mesma vira moda, torna-se a bola da vez. Um termo interessante que a algum tempo começou a ser bastante propagado é o “evangelho inclusivo”. A verdade é que o Evangelho nunca foi exclusivo e muito menos excludente.

Jesus diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” Mt. 11:28
Um texto bem conhecido até por aqueles que não tem por costume ler a bíblia diz:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigenito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna...” Jo. 3:16

Para quem entende que a Bíblia é o guia de fé e pratica do cristão, é necessário também entender que o fato de ser incluído não é sinônimo de não precisar se adequar a princípios, que em muitos momentos podem não estar em concordância com o que gosto, com o que quero, com o que pratico.

O Evangelho inclusivo é bem mais abrangente do que a vertente que se propaga por modismo. Ele inclui não esta ou aquela “categoria” de pessoas, mas a TODOS. Quem, porém, pensa que ao ser incluído continuará da mesma forma e não será desafiado a mudanças, está “redondamente enganado”. É necessário compreender que, ao ser incluído no Reino de DEUS por intermédio de Cristo e sua obra vicaria, somos desafiados a seguir a Cristo, que entre algumas coisas diz: 
“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”.  Lc. 9:33

O verdadeiro Evangelho, que sempre foi inclusivo, não é “mamão com açúcar”, devemos ir a Ele como estamos, mas jamais continuaremos os mesmos à medida que, dia a dia, formos sendo trabalhados por ELE, ao aprendermos, decidindo e aceitando as mudanças que nem sempre nos agradarão, mas que se fazem necessárias. Caso contrário, CERTAMENTE não será o evangelho que nos chamou à INCLUSÃO que se adequará as nossas vontades e desejos.

As Boas Novas falam de um Amor que não é novo, mas eterno e o amor não exclui as lutas internas que travamos, o amor é inclusive sacrificial, sacrificamos desejos, paixões, praticas, é o ego deixando de reinar. A escolha é pessoal e intransferível.
Tony Sathler