Minha
mãe tinha por costume rezar comigo ao me colocar para dormir e, em
muitos momentos, eu adormecia antes do término. Um dia, ao me falar para
eu não me esquecer de rezar, respondi a ela: “Não vou rezar mais, de
nada adianta”. Foi o momento em que deixei de lado um possível contato
com “o sagrado”. Era bem menino, minha mãe sempre respeitou as escolhas
de seus filhos e, embora não religiosa no sentido de praticante, até
hoje desconheço alguém que tenha tido uma fé tão viva.
Há cerca de 30 anos minha vida mudou completamente. Relembrando, consigo ver com satisfação o que na época, para mim, era apenas uma história de frustração. Havia uma única pessoa que realmente eu chamava de amigo; conhecidos, eram vários. Este meu amigo sempre foi um cara que, à maneira dele acreditava em Deus. Eu, não acreditava em nada.
Eu
e este amigo resolvemos nos aventurar, indo embora para os EUA em busca
de uma melhora de vida. Quando fomos tentar o visto, o dele foi
aprovado imediatamente; o meu, ficou para o dia seguinte e acabou sendo
negado. Assim falando, friamente, não é possível retratar a minha
frustração. Fiquei realmente muito chateado, extremamente irritado. Meus
planos foram por água abaixo, me desencontrei com meu sonho, com o
destino que tinha traçado, ficaria sozinho e, minha vida, que aparentava
mediocridade, continuaria na mesmice.
Ao
ter meu o visto negado, fiquei sem rumo, sem saber o que fazer, resolvi
retomar meus estudos, pois não tinha concluído o segundo grau e fui
fazer o curso de magistério. Lá encontrei a menina que se tornaria mais
tarde minha esposa, a mãe de meus filhos, com quem convivo faz
aproximadamente 29 anos. Eu era bancário e um colega insistentemente
tentava me falar a respeito de um encontro, um que eu desprezava e que
lá em meu leito na minha meninice rejeitei. Este colega era
“coincidentemente” conhecido havia anos de minha futura esposa.
Palavras não me convenceriam a respeito deste encontro com um Deus que aparentemente desde minha infância havia me deixado à deriva. Não existiam letras capazes de cobrir as marcas. Se não fosse algo verdadeiro, real, jamais aceitaria o então que era inexistente para mim.
Palavras não me convenceriam a respeito deste encontro com um Deus que aparentemente desde minha infância havia me deixado à deriva. Não existiam letras capazes de cobrir as marcas. Se não fosse algo verdadeiro, real, jamais aceitaria o então que era inexistente para mim.
A
história é longa mas, resumindo, encontrei com Aquele que nunca esteve
longe de mim, quer seja ao lado daquele menino que o rejeitou, quer seja
ao lado do jovem que aparentemente teve seus planos frustrados. Em meio
a encontros e desencontros eu encontrei Deus, e ELE nunca, em tempo
algum esteve a uma distância que fosse sequer difícil de alcançar.
Minha vida mudou, minha história mudou. Hoje o meu crer, a minha família e tudo o que sou e tenho se deve a alguns desencontros e ao REAL ENCONTRO.
Minha vida mudou, minha história mudou. Hoje o meu crer, a minha família e tudo o que sou e tenho se deve a alguns desencontros e ao REAL ENCONTRO.
“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” Jer.29:11
Qual
o sentido deste texto nesta época que celebramos o Natal e as festas de
final de ano? O que tem a ver? TUDO! O sentido real do Natal é o
verdadeiro encontro, o nascimento, o surgimento da Vida de Verdade, sem
data e hora que possamos determinar. Ele ocorre na vida de milhares de
pessoas ao redor deste mundo e nada se compara ao verdadeiro nascimento,
ao novo nascimento que está à disposição daqueles que desejarem.
Tony Sathler
Tony Sathler