17 junho, 2012

Por Amor

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As pessoas gostam de ouvir que Deus as ama do jeito que elas são.


Tempos atrás, Philip Yancey traduziu essa mensagem em uma frase semelhante a "Nada que você fizer ou deixar de fazer, mudará o quanto Deus te ama", resumindo, simplificando e facilitando o manuseio e a disseminação desta idéia de um modo bem sintonizado aos tempos atuais.

Trata-se de uma idéia verdadeira e perfeitamente coerente com as escrituras(1), mas boa parte do apelo dela está no potencial de fazer as pessoas sentirem que não precisam se mover de sua zona de conforto para que Deus as ame: "Ok, Deus me ama, e eu não mexi uma palha para isso acontecer" ou, "não preciso deixar de fazer o que faço para Deus me aceitar", ou "não preciso abrir mão disso para Deus me amar".

Mas, e quanto ao que diz respeito ao nosso amor por Deus? O que houve com o primeiro mandamento ensinado por Jesus? (Marcos 12:30)
Um relacionamento entre duas pessoas só pode ser completo quando o amor flui em mão dupla.

Jesus disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada...Quem não me ama não guarda as minhas palavras" (João 14:23).

Evidentemente que há uma condicionante aí: Quem não ama a Deus não guarda suas palavras; quem não guarda suas palavras, não o ama.

Quantos de nós podemos dizer que já abrimos mão de coisas que fazíamos, pensávamos, amávamos, por amor a Deus?
E quantos fariam isso — abrir mão — ao se depararem com uma situação de conflito de interesses onde uma escolha fosse inevitavelmente necessária?

Hamilton Furtado

(1) Rom. 8:35




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